segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O trabalho do dia começou com a palavra AROMA...
Daí para falar de dicionários... Mostramos as várias edições - do Aurélio Séc XXI ao Aurelinho Infantil - seus objetivos e estrutura.
A ordem do dia era a sistematização do alfabeto!

Usando o Editor de Textos


Com o alfabeto de "cola" no joguinho, abrimos o Word. Pedi que escrevessem o alfabeto letra sob letra, em tamanho grande, uma em cada linha, com consulta ao jogo, se necessário. Terminado o alfabeto, a brincadeira era escrever uma palavra para cada inicial - Belinha, uma dos meus couriscos!, terminou primeiro...
Mostrei que palavras escritas de maneira incorreta apareceriam sublinhadas, e precisariam de correção. Qual seria?
Daí para mostrar a importância dos acentos, foi um pulo; entenderam direitinho!!!
Muito legal!
Com certeza essa proposta pode ser ampliada, sábado que vem!
Como teremos que repôr os sábados perdidos pelos feriados, vai dar para ficar um tempinho maior no Laboratório, ou até fazer um trabalho conjunto com a sala de aula....

Produzindo no Laboratório de Informática...


Essa cara aí é de descoberta! Fantástico, quando algo faz realmente sentido para eles; não genuínos em suas reações e podemos avaliar exatamente o alcance de cada proposta.
O jogo era para descobir letras que se mexiam em um cenário, montá-las após capturadas e as achadas iam se organizando em ordem alfabética.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Professor: você é "o cara"!

Subject: Ser professor . . . From: Darwin Ianuskiewtz <darwin_cev@xxxxxxxxxxxx> Date: Wed, 15 Oct 2003 07:36:46 -0300 (ART)



Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz
pelo que aprendeu com você e pelo que ele lheensinou...
Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendotodos os dias, a cada dia é única e original...
Ser professor é encontrar pelo corredor com cadaaluno,olhar para ele sorrindo, e se possível, chamando-opelo nome para que ele se sinta especial...
Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...
Ser professor é envolver-se com seus alunos nos mínimos detalhes, vislumbrando quem está mais alegre ou mais triste, quem cortou os cabelos, quem passou a usar óculos, quem está preocupado ou tranquilo demais, dando-lhe a atenção necessária...

Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado.
Ser professor é equilibrar-se entre três turnos de trabalho e tentar manter o humor e a competência para que o último turno não fique prejudicado...
Ser professor é ser um "administrador da curiosidade"de seus alunos, é ser parceiro, é ser um igual na hora
de ser igual, e ser um líder na hora de ser líder, é saber achar graça das menores coisas e entender que ensinar e aprender são movimentos de uma mesma canção: a canção da vida...
Ser professor é acompanhar as lutas do seu tempo pelo salário mais digno, por melhores condições detrabalho, por melhores ambientes fisicos, sem misturar econfundir jamais essas lutas com o respeito e com o fazer junto aoaluno.Perder a excelência e o orgulho, jamais!
Ser professor é saber estar disponível aos colegas e ter um espírito de cooperação e de equipe na troca enriquecedora de saberes e sentimentos, sem perder a própria identidade.
Ser professor é ser um escolhido que vai fazer"levedar a massa" para que esta cresça e se avolume em direção a um mundo mais fraterno e mais justo.
Ser professor é ser companheiro do aluno, "comer do mesmo pão", onde o que vale é saciar a fome de ambos, numa dimensão de partilha..
Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo". Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mesa de trabalho



A mesa da professora é um mundo de possibilidades! O livro do Projeto Vitória com seus poemas, folhas aprensentando as primeiras letras para aqueles que já as conhecem há tanto tempo "de vista", mas sem terem tomado posse delas; orientações da Oficina...
Vamos, juntos e misturados, fazer acontecer!

Turminha em sala!


Todos com seu material e tentando se concentrar. É um grande esforço acostumar-se com o sábado pela manhã na escola!
É um esforço enorme buscar voltar ao caminho da aprendizagem depois de tantos percalços!
Mas... estamos aqui!

Projeto Vitória em comemoração!




Festa preparada pelos professores!
Após a refeição, bolo e guaraná!!!

Avaliar e pedir


Fizemos hoje uma refeição diferente: em comemoração ao Dia da Criança, nosso almoço foi feito em uma mesa coletiva; juntando o pensamento e as intenções de que tenhamos dias melhores e agradecendo pelas pessoas que se organizam todos os sábados para que essas crianças estejam aqui.
Direção, Professores, Merendeira todos acordam cedo para receber com sorrisos esses jovens que precisam dessa chance!

Estar bem aqui



Os sorrisos são mais constantes, agora!

É bom ver despertado nesses adolescentes a alegria e a confiança no olhar do outro; sabendo-se expostos, ainda assim querem aparecer para o mundo como aqueles que estão buscando...

No que vai dar? Não sei. Mas já me sinto contente por tê-los assim; nesse lugar, nesse dia, nessa hora, desarmados para a vida.


Na hora do intervalo os sorrisos mostram sempre que o resultado tem sido positivo. Eles fazem questão de tirar fotos e mostrar o rosto; aparecer! Não se escondem mais atrás de atitudes ou a falta delas. As mudanças são grandes! Aprender a ler e a escrever é resultado direto dessa mudança. Antes de juntar as letras, juntar os próprios pedaços.

Seu nome é poesia, agora!


Por enquanto, é o que se sabe: seu nome vai, sim, virar identidade, de fato!
É uma brincadeira especial e uma descoberta contínua. Eles falam o que vão descobrindo e interferem na aprendizagem uns dos outros trocando informações e vendo uns e outros criarem novas palavras com as letras coloridas!

A poesia escrita...



Escrevendo a poesia com letras móveis. Uma experiência de escrever o que se tem para, mais tarde, escrever o que se quer.

Trabalho coletivo de cooperação que estimula a construção de aprendizagem e a possibilidade de somar saberes.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Trabalho extra...

Hoje fiquei com um dos meninos do projeto para conversar. Ele não está muito empenhado em vir à escola no fim-de-semana, e como não sabe ler, tem um péssimo comportamento em sala de aula, causando mesmo problemas gravíssimos à turma e além dela! Então resolvi ter uma conversa particular e mostrar-lhe que o resultado da experiência pode surpreendê-lo.
Não sou alfabetizadora. Minha formação é de Língua Portuguesa, mas sem nenhum conhecimento de alfabetização além da leitura de alguns - esporádicos - textos teóricos.
Pedi para ver seu caderno e, surpresa, percebi que a última aula de História estava em dia, com texto copiado e o início das perguntas do livro também! Pedi que começasse a ler o texto para que eu discutisse e explicasse seu conteúdo, vocabulário desconhecido etc..
O menino ficou olhando para o caderno absulutamente mudo! Perguntei então se ele não conseguia ler e ele, cobrindo o rosto, fez que ia chorar! Francamente, pela experiência que tenho no trato com ele, não acreditei nas suas lágrimas. Todas as vezes que tivemos problemas, ao ser cobrado ele chorou e contou mentiras tentando livrar-se da culpa e das cobranças dos pais.
Mas que ele não conseguiria realmente entender o que estava escrito ali era, sim, uma certeza para mim!
Mandei fechar o caderno, guardar o livro e me esperar.
Abri o CD que estava no PC da sala dos professores sendo usado por uma professora e procurei uma atividade do 1o.ciclo (o menino é do 6o. ano!). Olhei, olhei, olhei, mas, a princípio, não encontrei nada que pudesse ser feito com autonomia pelo pequeno. E aí?
Aí pensei em começar pelo alfabeto. Fiz as letras maiúscula em bastão e pedi que copiasse do Dicionário Infantil Aurelinho (distribuído pelo PNLD às Salas de Leitura) e escolhesse três palavras para cada letra.
Algum tempo depois a folha estava toda feita.
Após o recreio, com mais tranquilidade, sentei o menino ao meu lado e pedi que lesse as palavras que tinha copiado. Aí começaram as dificuldades e minha avaliação do que era ou não capaz de reconhecer.
Fiz com que percebesse diferenças de sons da mesma letra em função da sílaba, dígrafos, terminação verbal (uma dificuldade imensa, já que essa história de desinência verbal _r é um mistério insondável!)... Enfim: ler foi uma aventura, um desbravar de florestas insondáveis!

"Lá pelas tantas, chegamos ao T". E à tábua.
- O que é tábua ?
- Um pedaço de madeira, de "pau"...
- Tábua? Não é tauba ?
- NÃO! É tábua!

(Cara de espanto!)

- Mas a tauba de passar é tauba!
-NÃO! É tábua também!!
- É SIM!
-NÃO, não é...

(Nova cara de espanto!)

- Então eu posso falar para a minha mãe que é TÁBUA?
- Claro que pode! É tábua mesmo!!!"


Parece texto de Millor Fernandes ou Luís Fernando Veríssimo, mas não é. Foi hoje. Lá na minha escola, com um aluno de 6o. ano, que está tendo oportunidade de aprender a ler aos 12 anos.

Tempo acabado, o menino saiu perguntando se amanhã eu vou ficar com ele para ensinar ele a ler novamente.

Não. Não vou. Aliás, dificilmente eu irei. Mas que dá vontade de ficar com cada um deles o dia todo, dá!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sábado pós Ponto Facultativo

Atenção: dia 03 de outubro, conforme orientado pela E-3a. CRE, não haverá aula no Projeto Vitória!
Como temos um fluxo a seguir que é elástico, as atividades planejadas para as oficinas deste dia serão reformuladas de forma a serem atendidas nos sábados seguintes.
Avisadas, as crianças prometem ficar com saudades e voltar dia 10 com a corda toda!!!
Até lá!